- 31/12/2017 12h03
- São Paulo
Ludmilla Souza - Repórter da Agência Brasil
Os atletas africanos que subiram ao pódio na 93°
Corrida Internacional de São Silvestre consideraram a prova boa, apesar
dos desafios que os 15 quilômetros (km) do percurso exige dos atletas.
“Não nada fácil, ano passado estava insegura, por isso treinei e estava
confiante este ano, mas não foi fácil”, admitiu a campeã da prova
feminina a queniana Flomena Cheyech Daniel. “Estou muito feliz de ter
sido a campeã”. Ano passado a atleta ficou em segundo lugar na
competição.
A terceira colocada na prova, a etíope Birhane Dibara
Adugana, destacou o piso molhado. “Foi difícil, porque o piso estava
molhado, mas no todo foi uma prova boa”. A segunda colocada, etíope
Sintayehu Lewetegn HaileMichael, elogiou a organização da São Silvestre.
“Gostaria de agradecer a organização, a competição foi muito boa para
mim, e estou muito feliz com a posição”.
Focar mais no treino em
2018 está nos planos da brasileira melhor colocada na São Silvestre,
Joziane Cardoso. Ela ficou com a décima segunda posição na corrida. “As
quenianas que vem são as top. Precisamos é fazer uma priorização. Eles
treinam em local com altitude e, se fizermos um trabalho diferenciado,
pode ser que a gente consiga quebrar essa hegemonia”, disse.
Apesar
de não ter subido ao pódio, Joziane gostou do resultado. “Estou feliz
por ter sido a primeira brasileira, este ano tenho obtido boas
colocações. Foi muito bom fechar com a São Silvestre. Ano que vem vou
focar para estar entre as cinco”, prometeu a atleta.
O vencedor
da prova masculino, o etíope Dawit Fikadu Admasu, agradeceu a torcida
brasileira. “Treinei muito forte pela prova. Agradeço a Deus e ao
público que torceu bastante durante o percurso”. Segundo ele, os treinos
dos africanos em regiões altas faz a diferença para obter bons
resultados. “Acredito que a altitude que faz a diferença no nosso
treinamento”, destacou.
O vice-campeão, o etíope Belay Tilahun
Bezabh, considerou a prova boa e agradeceu ao treinador. Já o queniano
Edwin Kipsang Rotich, que conquistou o terceiro lugar, disse que foi uma
das provas mais fortes das quais já participou. Ele chegou a cair
quando completava o oitavo quilômetro.
“Não foi nada bom, mas
levantei rápido e vi que tinha que ir atrás dos outros atletas. Eu não
sei o que aconteceu, porque tinha muitos atletas próximos, foi tudo
muito rápido”, disse. “Esta é a quarta prova que participo, e foi uma
das mais fortes para mim, mas foi muito boa”.
O brasileiro melhor
posicionado na corrida, Ederson Vilela Pereira, concorda que é preciso
diferenciar os treinamentos para alcançar o pódio. “Temos que repensar
para 2018, e colocar algum brasileiro no pódio. Temos que nos preparar
melhor, ver no que estamos errando, para no próximo ano estarmos
melhor”. Para o atleta, que ficou em 11º lugar, o começo da prova foi a
mais difícil. “Foi um começo forte, como todos os outros, só que não
consegui acompanhar o ritmo inicial deles, vou levar para 2018 mais um
aprendizado”.
O tempo ajudou os corredores na manhã de hoje (31).
O início da prova foi com chuva fina e temperatura de 19 graus Celsius
(°C), de acordo com Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da
capital paulista.
Edição: Aécio Amado
Fonte: Agência Brasil
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