Bruno Freitas com Redação JC
Atualizado às 16h40
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A Polícia Civil e a Federal instauraram inquéritos para apurar o desabastecimento de combustível em Bauru provocado por um grupo de manifestantes, que impedia a saída de caminhões de três distribuidoras de Bauru, desde a noite deste domingo (27). A situação está normalizada a partir da tarde desta terça-feira (29) e os caminhões liberados para entrar e sair das distribuidoras.
Para atender serviços essenciais, a Polícia Militar (PM) passou a escoltar veículos das distribuidoras situadas na cidade. Hoje pela manhã, novamente, manifestantes fizeram protesto nestes endereços, em apoio à greve dos caminhoneiros. O objetivo era impedir a entrada e saída de caminhões-tanques responsáveis pelo abastecimento dos postos de combustíveis da cidade.
Apesar da gasolina, etanol e o diesel chegarem até o município por meio da malha ferroviária, os caminhões que transportam combustíveis permaneciam estacionados no pátio por conta do protesto. Segundo a Polícia Civil, representantes de caminhoneiros e das distribuidoras informaram que não faziam o transporte de combustível por conta de ameaças, justamente em uma área de segurança nacional. Diante do contexto, solicitaram apoio da PM.
Com base nestas informações, policiais civis estiveram no local para orientar os participantes da manifestação, que pode, inclusive, caracterizar crime por impedir a saída dos veículos. Durante o trabalho, a Polícia Civil identificou o grupo e instaurará um inquérito para investigar o caso. Após a conversa com a polícia, a mobilização foi dispersa, acrescentam policiais.
Na sequência, escoltados pela PM, vários caminhões seguiram com combustível com destino a Botucatu (100 quilômetros de Bauru).
Os policiais civis destacam ainda que o trabalho deles é independente de qualquer movimento social, tendo como objetivo principal o bem-estar da população, que vem sofrendo principalmente com o desabastecimento de combustível. O objetivo é coibir qualquer crime, destacam.
No caso da Polícia Federal, dois inquéritos foram instaurados. Sigilosos, eles contam com diligências em andamento.
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“A paralisação é popular”, diz manifestante
No 9.º dia de paralisação em âmbito nacional, grevistas que estiveram em frente às distribuidoras de Bauru reiteraram que as propostas anunciadas por Michel Temer não são satisfatórias e, por essa razão, a greve continua. Para Guilherme Santos Silveira, 26 anos, que trabalha no ramo de tapeçaria e atualmente está desempregado, o movimento não é só dos caminhoneiros, mas popular.
“Estou no movimento desde quarta-feira. Temos aqui motoristas, entregadores, mototaxista, vendedores, pais de família. Estamos cansados do que está acontecendo não só em Bauru, mas no País. O que o Michel Temer está querendo fazer é uma piada. Não dá pra fazer nada com essa redução dos R$ 0,46 no diesel. Eu acho errada essa proposta do Governo. Tem que abaixar combustível, imposto, pedágio, tudo”, disse o manifestante, em frente à distribuidora de Bauru que é ligada à Petrobras.
Fonte: JCNET
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