EM DUELO DE 'BRASILEIROS', RÚSSIA VENCE ESPANHA NOS PÊNALTIS

Anfitriões surpreendem, eliminam os espanhóis, um dos favoritos ao título, neste domingo (1), e aguardam pelo vencedor de Croácia e Dinamarca

• COPA 2018

• Cesar Sacheto, do R7

• 01/07/2018 - 13H42 (ATUALIZADO EM 01/07/2018 - 13H57)

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Akinfeev defende pênalti e vira herói na classificação da Rússia às quartas da Copa

Kai Pfaffenbach/Reuters - 01.07.2018

No duelo dos brasileiros naturalizados Diego Costa, Rodrigo e Mário Fernandes, a Rússia venceu a Espanha nos pênaltis, neste domingo (1), no estádio Luzniki, em Moscou, pelas oitavas de final da Copa, e avançou às quartas.

Os russos saíram atrás no placar com um gol contra de Ignashevich, mas empataram ainda na primeira etapa. A vitória veio somente após mais 30 minutos de prorrogação e nas cobranças de pênaltis. A Rússia ianda quebrou uma invencibilidade de 23 jogos (15 vitórias e 8 empates) dos espanhóis.

Confira como foi o minuto a minuto de Espanha x Rússia no R7

Agora, a seleção russa espera pelo confronto entre Croácia e Dinamarca, também neste domingo, às 15 horas (horário de Brasília), em Nizhny Novogorod, para conhecer o adversário nas quartas de final do Mundial.

A partida

No primeiro jogo entre as duas nações na história das Copas, os espanhóis procuraram ter o domínio da bola, característica que já se tornou tradicional na escola de futebol do país ibérico. A Rússia, por outro lado, se fechou na defesa e dava a entender que apostaria nos contra-ataques para vencer a eliminatória.

Mas foi o time russo que chegou primeiro ao ataque e ganhou escanteio. Na cobrança de Samedov, a bola passou pela área e Zhirkov tentou o chute, mas acertou a defesa espanhola.

Aos 12 minutos, Asensio cobrou falta da direita, no segundo pau, onde Sergio Ramos e Ignashevich se agarravam na disputa por espaço. A bola bateu no tornozelo do russo, que estava de costas para o lance, e entrou: 1 a 0. A Fifa confirmou o gol contra de Ignashevich.

Nos minutos seguintes, após o sofrer o gol de forma bizarra, a Rússia tentou algumas investidas, mas não conseguiu levar perigo ao gol de De Gea. A Espanha continuava apenas administrando e o jogo ficou morno.

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O primeiro lance de perigo depois da abertura do placar só ocorreu aos 36 minutos. O zagueiro Sergio Ramos tentou cavar uma falta quando marcava o atacante russo, mas armou um ótimo ataque para os donos da casa, que terminou no chute de Golovin. A bola passou à esquerda de De Gea, mas com perigo.

A Rússia se animou e desceu novamente com Mário Fernandes, que ganhou um escanteio. Na cobrança de Samedov, Piqué subiu para cortar, mas colocou a mão na bola depois da cabeçada de Dzyuba, aos 41 minutos.

O árbitro holandês Bjorn Kuipers viu, marcou o pênalti — sem a necessidade do auxílio do VAR — e deu cartão amarelo para o zagueiro espanhol. Dzyuba deslocou o goleiro De Gea na batida e empatou a partida.

Piqué tenta convencer o árbitro holandês que não fez pênalti

REUTERS/Christian Hartmann - 1.7.2018

Depois do gol, os espanhóis pareciam ter acordado novamente e voltaram a pressionar. 

Aos 45 minutos, o atacante Diego Costa recebeu na lateral da área, pela direita, tentou tirar do goleiro russo, mas Akinfeev saiu bem e salvou a equipe anfitriã de levar o segundo gol.

Diego ainda tentou de cabeça em um cruzamento na sequência do lance, mas a bola ficou fácil para Akinfeev.

Etapa final

Na volta dos vestiários, os times vieram mais animados. A Rússia, motivada pelo empate, partiu para o ataque nos segundos iniciais.

Porém, aos 2 minutos, a Espanha desceu e a bola sobrou para Jordi Alba, que bateu quase de joelho, mas com perigo para Akinfeev.

A Espanha passou a buscar mais o ataque. Aos 8 minutos, Isco sofreu falta pela esquerda. Na batida, o zagueiro Granat afastou o perigo.

Em seguida, a Rússia tentou engatar um contra-ataque com um lançamento de Golovin, mas a zaga espanhola estava atenta e cortou o lance.

Aos 13 minutos, uma confusão na área da Rússia quase terminou em gol da Espanha. Isco e Diego Costa tentaram finalizar, mas a bola saiu pela linha de fundo.

O treinador russo, Stanislav Cherchesov, fez as três alterações antes dos 20 minutos do segundo tempo. No entanto, a Fifa liberou a quarta alteração em uma eventual prorrogação nesta Copa.

Iniesta em campo

O meia Andrés Iniesta entrou em campo somente aos 22 do segundo tempo. O veterano, de 34 anos, um dos ídolos do futebol espanhol, campeão mundial em 2010 — fez o gol do título — e bi da Eurocopa (2008 e 2012), havia sido colocado no banco de reservas pelo treinador Fernando Hierro.

E foi do craque a melhor chance da espanha no segundo tempo. O camisa 6 recebeu um passe de Aspas e emendou para o gol, rasteiro e forte. O goleiro Akinfeev espalmou em uma grande defesa.

Pouco antes, houve uma cobrança de escanteio e os espanhóis pediram um toque de mão do zagueiro Sergei Ignashevich na bola. O VAR foi consultado, mas a penalidade não foi confirmada.

Aos 42 minutos, a Rússia quase conseguiu um contra-ataque mortal com Smolov, que tentou tocar na direita, mas o atacante russo foi desarmado.

Nos minutos finais, o panorama do jogo era: a Espanha pressionando, buscando as bolas na área do adversário e a Rússia esperando pelo contra-ataque perfeito. Mas o 1 a 1 se manteve até o fim do tempo regulamentar.

Prorrogação

Pela primeira vez nas oitavas de final da Copa, foi necessária a prorrogação para definir a vaga na próxima fase do Mundial. 

O time espanhol começou o tempo extra no ataque e teve uma boa oportunidade, aos 2 minutos, com Carvajal, que finalizou depois de cruzamento feito por Aspas, mas a defesa russa cortou. Os espanhóis tiveram 

Aos 7 minutos, o técnico da Rússia fez uso da quarta substituição — uma das novidades nas regras do Mundial — e tirou Kuziaev para a entrada do meio-campisa Erokhin.

A Espanha seguiu no ataque e Asensio assustou o goleiro Akinfeev com um chute forte da entrada da área, aos 10 minutos da primeira metade da prorrogação, mas o goleiro russo fez a defesa.

O treinador Fernando Hierro também aproveitou a mudança na regra das substituições e colocou o atacante Rodrigo — outro brasileiro naturalizado espanhol — em campo no lugar de Asensio, aos 14 minutos do primeiro tempo da prorrogação.

Logo no início da parte final da prorrogação, aos 4 minutos, o atacante Rodrigo disparou pela direita do ataque, pedalou na frente do zagueiro Russo, já dentro da área, e chutou forte para o gol. Akinfeev saltou e fez uma grande defesa. No rebote, Carvajal tentou chutar para o gol, mas a bola explodiu em Kutepov.

Aos 9 minutos, em cobrança de falta, Ignashevich e Piqué dispuraram a bola dentro da área. Os espanhóis entenderam que o zagueiro russo agarrou Piqué e pediram pênalti. O árbitro holandês consultou o VAR. Mas, nada foi marcado.

Pênaltis

A decisão da vaga ficou mesmo para as cobranças de pênaltis:

Iniesta bateu o primeiro para os espanhóIs e converteu: 1 a 0.

Smolov também converteu a primeira cobrança dos russos: 1 a 1.

Piqué também marcou: 2 a 1.

Ignashevich fez o gol com paradinha: 2 a 2.

Koke bateu e Akinfeev defendeu: 2 a 2.

Golovin acertou a cobrança e a Rússia passou à frente: 3 a 2.

O zagueiro Sergio Ramos partiu para a quarta cobrança da Espanha e fez o gol: 3 a 3.

O meia Cheryshev foi o responsável pela quarta cobrança da Rússia e converteu: 4 a 3.

Iago Aspas foi para a quinta cobrança com a missão de converter e perdeu. Fim de jogo!!! A Rússia se classifica.

Ficha técnica:

1/7 - Estádio Luzniki 
ESPANHA 1 x 1 RÚSSIA (3 x 4 nos pênaltis)
Árbitro: Bjorn Kuipers (Holanda); Público: 78.011; Gols: Ignashevich (contra), aos 12 minutos do 1º tempo, Dzyuba, aos 41 do 1º tempo; Cartões amarelos:Piqué (Espanha), Kutepov, Zobnin (Rússia).

ESPANHA: De Gea; Nacho (Carvajal, aos 25 do 2º), Piqué, Sergio Ramos e Jordi Alba; Sergio Busquets, Koke, David Silva (Iniesta, aos 22 do 2º), Isco e Asensio (Rodrigo, aos 14 da prorrogação); Diego Costa (Aspas, aos 35 do 2º). Técnico:Fernando Hierro.

RÚSSIA: Akinfeev; Mário Fernandes, Kutepov, Sergei Ignashevich, Kudriashov e Zhirkov (Granat, no intervalo); Zobnin, Samedov (Cheryshev, aos 16 do 2º)e Kuziaev (Erokhin, 7 minutos da prorrogação); Dzyuba (Smolov, aos 20 do 2º) e Golovin. Técnico: Stanislav Cherchesov.

Fonte: R7