08/12/2018
Ele havia acabado de lançar a obra, sua terceira, e ainda deixa outras duas inacabadas
Dulce Kernbeis
Fotos: Malavolta Jr. |
Adalto Dias Giafferi Prado e carranca que ele mesmo produziu |
Nove dias após lançar sua terceira obra, em que conta a sua saga como ferroviário em Bauru, o escritor Adalto Dias Giafferi Prado, de 85 anos, morreu no Hospital Beneficência Portuguesa, vítima de insuficiência cardiorrespiratória. A morte ocorreu no último dia 29.
O livro ainda está à venda na livraria Jalovi e foi batizado como "A Saga de Um Ferroviário", no qual conta sua trajetória profissional, conforme o Jornal da Cidade mostrou em matéria publicada no dia 18 de novembro.
Os títulos já lançados pelo autor: história, pescaria e ferrovia |
Durante décadas, Adalto foi colaborador do JC como contador de histórias de suas pescarias no Mato Grosso e também assíduo participante da "Coluna do Leitor", onde exprimia suas opiniões sobre os assuntos do momento.
Deixou inacabadas duas obras. Uma delas um livro com as crônicas de pescador. O livro estava praticamente pronto, só faltava ir para a revisão e, claro, depois para a impressão. Seria uma homenagem à coluna de domingo do JC, "História de Pescador". Quando deu a entrevista sobre o lançamento da obra "A Saga de um Ferroviário" mostrou os manuscritos escritos à mão, com letra cursiva impecável e muitos desenhos a ilustrar cada causo contado.
VERSÁTIL
Ele também era um exímio desenhista e em outra pasta tinha os melhores trabalhos feitos em sua carreira de 35 anos na então Estrada de Ferro da Noroeste (NOB) e depois Rede Ferroviária Federal.
Lá, além de projetos milimetricamente executados ele ainda fazia a reprodução, em bico de pena, dos vários trens que conheceu. A coletânea dos desenhos também lhe renderiam uma nova obra.
Versátil, nas viagens como pescador ao Rio São Francisco teve oportunidade de conhecer as famosas carrancas usadas pelos ribeirinhos em embarcações. Autodidata que era, ao chegar em Bauru, não sossegou enquanto ele mesmo não entalhou as suas.
Deixou viúva Olga Rossetto Prado, quatro filhos, cinco netos e uma bisneta.
Fonte: JCNET
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