Chamada de "madrinha do samba", cantora será eternamente lembrada como uma das maiores representantes da música brasileira
- MÚSICA
Daniel Vaughan, do R7
Beth Carvalho será sempre lembrada como a "madrinha do samba"
AgNews
Beth Carvalho morreu aos 72 anos, nesta terça-feira (30), no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada ao R7 pelo empresário da artista, Afonso Carvalho. Internada desde o dia 8 de janeiro no hospital Pró-Cardíaco, a causa da morte não foi divulgada.
Em nota, o empresário agradeceu o apoio dos fãs e falou sobre o legado da Madrinha do samba.
— Nossa querida Beth Carvalho partiu hoje, às 17h33, cercada do amor de seus familiares e amigos. Agradecemos todas as manifestações de carinho e solidariedade nesse momento. Beth deixa um legado inestimável para a música popular brasileira e sempre será lembrada por sua luta pela cultura e pelo povo brasileiro. Seu talento nos presenteou com a revelação de inúmeros compositores e artistas que estão aí na estrada do sucesso. Começando com o sucesso arrebatador de Andança, até chegar a Marte com Coisinha do Pai, Beth traçou uma trajetória vitoriosa laureada por vários prêmios, inclusive um Grammy pelo conjunto da obra. Assim que possível, informaremos sobre o sepultamento.
A nota também foi compartilhada nas redes sociais da cantora.
Beth sofria com problemas de saúde há anos. A compositora se submeteu a uma cirurgia na coluna em agosto de 2012. Mesmo assim, ela continuou sentindo fortes dores devido a uma fissura na base da coluna vertebral.
Em 2018, a saúde fragilizada da cantora não impediu que ela celebrasse 40 anos do histórico disco De Pé no Chão pelo Brasil. Sem conseguir ficar de pé, a sambista cantou deitada em um divã.
A compositora também é mãe da atriz e cantora Luana Carvalho, que deu à luz a pequena Mia, em março do ano passado.
Beth Carvalho fez show deitada em 2018
Reprodução/Instagram
Madrinha do Samba
Elizabeth Santos Leal de Carvalho nasceu no Rio de Janeiro, no dia 5 de maio de 1946.
Beth teve contato com a música logo cedo, incentivada pela família. Aos oito anos, por exemplo, ela ouvia canções de grandes amigos do pai como Sílvio Caldas, Elizeth Cardoso e Aracy de Almeida. Já a avó, Ressú, tocava bandolim e violão.
Nos anos 60, veio a paixão da cantora pela Bossa Nova. Em 1965, Beth gravou o primeiro compacto simples com a música Por Quem Morreu de Amor, de Menescal e Bôscoli. E, no ano seguinte, já envolvida com o samba, participou do show A Hora e a Vez do Samba, ao lado de Nelson Sargento e Noca da Portela.
O histórico disco foi gravado em 1978
Reprodução/CD
Na década de 70, ela se tornou sucesso de vendas, emplacando vários sucessos como 1.800 Colinas, Saco de Feijão e Olho por Olho.
Em 1997, Beth se emocionou ao testemunhar um de seus maiores hits, Coisinha do Pai, ser tocada no espaço sideral. A engenheira brasileira da Nasa programou a canção para ‘acordar’ o robô em Marte.
Incansável, a cantora continuou gravando discos, DVDs, ganhando homenagens e se apresentando ao redor do mundo até seus últimos dias de vida.
Beth Carvalho será sempre lembrada como uma das maiores representantes da música brasileira.
Fonte: R7
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