Em Foz, são mais de 15 mil participantes
Apesar de Foz do Iguaçu estar a mais de 11 mil quilômetros do continente asiático, berço da religião muçulmana, o Ramadan é muito celebrado na cidade. Do início da noite de 5 de maio até 4 de junho, em Foz, mais de 15 mil muçulmanos mudaram sua rotina em virtude do mês sagrado.
Em todo o Brasil são pelo menos 35 mil muçulmanos. No mundo, mais de 1 bilhão.
Segundo a tradição, durante o mês do Ramadan é preciso jejuar desde o nascer até o pôr do sol. Ou seja, ficar, durante 30 dias, principalmente sem comer e beber do nascer ao pôr do sol.
O Ramadã termina com o Eid Al-Fitr (“dia das recompensas”). Muçulmanos se reúnem nas mesquitas e cumprem a Oração e agradecem as bençãos e a misericórdia de Deus
A Sobre Rodas entrevistou duas mulheres árabes e muçulmanas, para conhecer um pouco mais deste mês sagrado: Maysa Ibrahim e Laila Ismail.
Segundo Maysa, no Ramadan homens e mulheres se recolhem para se espiritualizar, não comem nem bebem nada e não tem relações sexuais durante o dia. O propósito é rezar e ficar longe de ações e pensamentos maus.
“Mas não é nada fácil. Durante o dia a gente sente sede e fome. Mas dá uma sensação boa. Sabemos que estamos praticando o Ramadan”, contou.
A rotina é semelhante, principalmente, para os muçulmanos que vivem no Brasil. Os que trabalham continuam trabalhando. As mulheres geralmente ficam em casa se espiritualizando o lendo o livro sagrado, o Alcorão. E preparando o jantar.
Depois que o sol se põe, homens e mulheres podem rezar, se hidratar e comer para aguentar o dia seguinte.
O jejum se intensifica nos últimos 10 dias, quando ocorre a Noite do Decreto. Nesses dias, o objetivo é que os muçulmanos passem a noite rezando.
Benefícios
Laila explica que os benefícios são para a saúde, a mente e o espírito. “O pós é gratificante, como um dever cumprido, uma lavagem da alma, uma limpeza do corpo e da mente. Só quem faz sabe”. Mas não funciona com todos, só com quem pratica de corpo e alma. Nem todo mundo que fala que faz, realmente fez entendeu.
O Jejum
O Ramadan foi o mês em que foi revelado o Alcorão, com orientação para a humanidade.
O mês sagrado de Ramadan é o sinal evidente da misericórdia de DEUS para com a humanidade, que legou a esta a orientação divina, o caminho para a remissão e a salvação dos seres humanos.
Quem pode participar do Ramadan
- Ser muçulmano
- Gozar de sanidade mental
- Ter saúde
- Estar em sua cidade
- Querer cumprir o jejum
- Estar puro
- Ter mais de nove anos para meninas e 15 para os meninos
São isentos do Jejum:
– O que se encontre enfermo.
– O que está acometido de alguma doença permanente que o impossibilite de jejuar.
– A pessoa de idade avançada para quem o jejum possa ser prejudicial.
– A gestante.
– A mulher em seu período menstrual ou em nifás (resguardo pós-parto)
– A mulher que esteja amamentando.
– O viajante (que se encontre a uma distância de pelo menos 22 km e meio de sua cidade).
O que anula o Jejum
– Ingerir qualquer alimento ou líquido
– Fumar
– Ejacular
– Contato sexual
– Vômito
– Mergulhar a cabeça na água
– Mentir
– Quebrar o jejum antes do crepúsculo
– Abandonar o Islam
Abilene Rodrigues
Fonte: Revista Sobre Rodas
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