ESPLANADA SUSTENTÁVEL
publicado: 01/10/2019 19h42, última modificação: 01/10/2019 19h42
Iniciativa Esplanada Sustentável prevê também instalação de micro usinas para gerar energia
Será lançado um portal para orientar os órgãos públicos sobre a economia de gastos com energia. Ao inserir os dados sobre o consumo, a instituição vai obter uma análise sobre o perfil adequado. Lá também será possível encontrar cartilhas e orientações gerais para a readequação contratual junto às empresas fornecedoras. A previsão é que o lançamento ocorra ainda no mês de outubro.
A criação do portal faz parte da iniciativa Esplanada Sustentável, que tem como objetivo promover a adoção de modelos de gestão voltados ao uso racional de recursos naturais e à sustentabilidade ambiental e socioeconômica. Os ministérios da Economia e de Minas e Energia estabeleceram medidas para reduzir gasto total do executivo federal com energia elétrica, que somou, no ano passado, R$ 1,8 bilhão.
Revisão tarifária
A cobrança de energia dos órgãos públicos é feita por faixa de consumo. A ideia é que unidade cheque se, com o que se gasta atualmente, é possível migrar para uma faixa mais barata.
Os órgãos sediados no Distrito Federal já começaram a revisão tarifária. Segundo o secretário de gestão do Ministério da Economia, Cristiano Heckert, com menos da metade dos contratos readequados, a economia prevista já chega a R$ 6,3 milhões por ano.
“Fizemos uma parceria com a CEB (Companhia Energética de Brasília) que nos deu acesso ao histórico de consumo de 150 contratos do poder Executivo e só os primeiros 44 contratos que foram analisados. Apenas mudando a classe de consumo, conseguimos economia de R$ 6,3 milhões por ano”, contou o secretário.
O portal também permitirá acompanhar a implantação de soluções para eficiência dos gastos com energia elétrica. A ferramenta é desenvolvida em parceria com a Universidade de Brasília (UnB).
Economia como rotina
O Ministério da Economia também já implantou medidas para reduzir o gasto de energia elétrica. Uma portaria determina que as luzes do prédio fiquem acesas das 8h às 18h. Após esse horário, as luzes permanecem acesas apenas nos gabinetes, para onde deverão se dirigir os servidores que precisarem estender a jornada de trabalho.
Usinas
Outra medida que será adotada para ampliar a economia será a instalação de micro usinas fotovoltaicas ( a partir da luz) para gerar energia. O Ministério de Minas e Energia faz um levantamento em Brasília para identificar áreas, como coberturas prediais, estacionamentos ou superfícies abertas, onde podem ser instaladas as placas solares.
O Ministério tem um projeto para instalação das usinas nos prédios anexos da Esplanada dos Ministérios até 2020 e busca formas de financiamento para que não haja custo para as pastas.
Na primeira fase do projeto, serão instalados painéis em 17 prédios públicos, e a previsão de redução é de 10% na conta de energia de cada órgão. A segunda etapa da iniciativa será a instalação de placas solares nos palácios da Alvorada, do Jaburu, do Planalto e na Granja do Torto.
O secretário Cristiano Heckert conta que a energia elétrica está entre os maiores gastos de custeio da administração pública e as medidas planejadas vão otimizar as contas da administração pública.
“É a busca permanente de eficiência e otimização do gasto público, que é o nosso mandato como servidores públicos, e que agora toma uma relevância dada a severidade da restrição fiscal que estamos vivendo”, disse.
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