BOLSA ATLETA
publicado: 31/10/2019 11h57, última modificação: 31/10/2019 11h57
Edital prevê a concessão do benefício a atletas com base em resultados alcançados em eventos de 2018Bruno Schmidt, campeão olímpico no vôlei de praia e confirmado em Tóquio, é bolsista do programa. Foto: Pedro Ramos/Ministério da Cidadania
Estão abertas as inscrições para o programa Bolsa Atleta de 2019 em modalidades que compõem os programas olímpico e paralímpico. O edital, publicado no Diário Oficial da União da última sexta-feira, (25.10), prevê a concessão do benefício a atletas com base em resultados alcançados em eventos de 2018. As inscrições são online e ficam disponíveis até as 23h59 do dia 4 de novembro de 2019, mesmo prazo que os candidatos terão para o envio dos documentos comprobatórios.
A lista dos atletas contemplados deve ser publicada em dezembro deste ano.
São cinco categorias de bolsa: Atleta de Base (R$ 370), Estudantil (R$ 370), Nacional (R$ 925), Internacional (R$ 1.850) e Olímpica/Paralímpica (R$ 3.100). Os critérios para pleitear o benefício em cada categoria estão descritos no edital. Já a Bolsa Pódio, a mais alta do programa, terá a lista dos contemplados publicada em breve.
O Bolsa Atleta é o maior programa do mundo de patrocínio direto ao atleta e apresenta resultados fundamentais para o esporte brasileiro. Desde a criação, já foram concedidas mais de 63,3 mil bolsas para 26,5 mil atletas de todo o país. O valor destinado para a política pública em vigor desde 2005 supera a marca de R$ 1,1 bilhão.
Neste ciclo olímpico, somando os contemplados em 2017 e em 2018, foram concedidas 12.072 bolsas (9.502 para modalidades olímpicas e 2.570 para paralímpicas), em um investimento total de mais de R$ 164,4 milhões.
Números expressivos
Os resultados dos bolsistas são notórios: nos Jogos Sul-Americanos de Cochabamba, no ano passado, do total de 235 brasileiros medalhistas, 179 (76%) recebiam a Bolsa Atleta. Já nos Jogos Pan-Americanos de Lima, neste ano, o Brasil conquistou 169 medalhas, sendo que 139 tiveram a participação de contemplados pelo programa.
Um dos exemplos mais claros da presença do Bolsa Atleta foi no badminton. Os oito atletas da seleção eram contemplados pelo Bolsa Atleta, sete na categoria Internacional, além de Ygor Coelho, que foi campeão no individual. O time conquistou ainda outras quatro medalhas de bronze. Foi a melhor campanha da história da modalidade em Jogos Pan-Americanos. Além do badminton, outras nove modalidades brasileiras na capital peruana contavam com 100% de bolsistas no elenco.
Nos Jogos Parapan-Americanos, o sucesso foi ainda maior. Dos 308 pódios, 287 (93,18%) foram assinados por atletas bolsistas, na melhor campanha de todos os tempos do país na competição, com 124 ouros, 99 pratas e 85 ouros. Para se ter uma ideia da força do Brasil em Lima, a soma dos ouros dos segundo e terceiro colocados no quadro geral de medalhas, Estados Unidos (58) e México (55), respectivamente, é de 113. As duas nações juntas não seriam capazes de desbancar o Brasil da liderança do Parapan.
Na 7ª edição dos Jogos Mundiais Militares, encerrados no último domingo, o Brasil somou 88 medalhas segundo a contabilidade oficial da organização. Foram 21 ouros, 31 pratas e 36 bronzes, em terceiro lugar no quadro geral de medalhas, atrás apenas da China e da Rússia. Levando em conta também as medalhas em modalidades que não foram computadas pela organização, como a de atletas paralímpicos e as da ginástica artística, o Brasil somou 98 medalhas, com 78 delas com a presença de integrantes do Bolsa Atleta. Nessa contabilidade, o Brasil foi representado no pódio em 22 modalidades diferentes, 18 delas com a digital do Bolsa Atleta. Da delegação de 350 atletas que o país levou para a competição, 177 ganharam medalhas. Desse grupo, 116 são bolsistas.
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