O governo federal autorizou o Ministério da
Economia e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a realizarem
chamamento público para contratação temporária de pelo menos 8.230
servidores aposentados e militares inativos. O edital de seleção deverá
ser publicado em até seis meses, mas a contratação está autorizada a
partir de hoje (28).
A Portaria nº 10.736/2020, da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira.
A contratação de militares inativos e de servidores civis federais
aposentados foi a forma encontrada pelo governo para para reforçar o
atendimento nas agências da Previdência e reduzir o estoque de pedidos
de benefícios em atraso no INSS. O número de pedidos com mais de 45 dias
de atraso passa de 1,3 milhão.
De acordo com a portaria, poderão ser contratadas 7,4 mil pessoas
para atendimento e serviços administrativos nas agências do INSS. Para o
trabalho de concessão e revisão de benefícios e de demandas judiciais
no INSS, a portaria não define o número de pessoas, mas a contratação
respeitará o limite de gasto de R$ 19,9 milhões em 2020; R$ 31,9 milhões
em 2021 e R$ 10,6 milhões em 2022.
Para o Ministério da Economia, poderão ser contratadas 290 pessoas
para a Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal e 540 para a
Secretaria de Previdência. Já a contratação de médicos peritos terá
limite máximo de gasto de R$ 45,5 milhões em 2020; R$ 91 milhões em 2021
e R$ 45,5 milhões em 2022.
Em janeiro deste ano, o governo regulamentou
a contratação de militares inativos para atividades em órgãos públicos
federais, pagando o adicional de 30% sobre o salário recebido na
inatividade. O percentual está definido na Lei 13.954/2019 que trata da estrutura da carreira militar, aprovada em 2019 pelo Congresso Nacional.
Já a contratação de servidores civis federais aposentados foi definida com a edição da Medida Provisória 922/2020, no início de março. O texto tem força de lei, mas ainda depende de aprovação do Congresso Nacional.
Fonte: Agência Brasil
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