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Polícia Federal (PF) cumpre nesta terça-feira (30) no Amazonas 20
mandados de busca e apreensão e oito de prisão temporária de
investigados por fraude e superfaturamento nas ações de combate à
pandemia do novo coronavírus no estado. A ação investiga compras
superfaturadas de respiradores, direcionamento na contratação de
empresa, lavagem de dinheiro e montagem de processos para encobrir os
crimes que teriam sido praticados com a participação direta do
governador do estado, Wilson Lima.
As medidas foram determinadas pelo ministro Francisco Falcão, do
Superior Tribunal de Justiça (STJ), e incluem o bloqueio de bens no
valor R$ 2,976 milhões, de 13 pessoas físicas e jurídicas.
No esquema identificado pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela
PF, o governo do estado comprou, com dispensa de licitação, 28
respiradores por meio de uma importadora de vinhos. Nesse contrato a
suspeita de superfaturamento é de R$ 496 mil. Os equipamentos vendidos
pela importadora foram adquiridos de uma empresa fornecedora de
equipamentos de saúde por R$ 2,480 milhões e revendidos, no mesmo dia,
por R$ 2,976 milhões ao estado.
“Os fatos ilícitos investigados têm sido praticados sob o comando e
orientação do governador do estado do Amazonas, Wilson Lima, o qual
detém o domínio completo e final não apenas dos atos relativos à
aquisição de respiradores para enfrentamento da pandemia, mas também de
todas as demais ações governamentais relacionadas à questão", afirma a
subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, em nota publicada
hoje pelo MPF.
Até o fechamento desta reportagem o governo do Amazonas ainda não havia se pronunciado sobre a investigação.
Fonte: Agência Brasil
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