O astronauta americano Michael Collins, membro da Apollo 11, a primeira missão tripulada à Lua, morreu de câncer nesta quarta-feira (28) aos 90 anos, informou sua família em um comunicado.
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Piloto do módulo de comando, sua função foi permanecer em órbita enquanto seus companheiros Neil Armstrong e Buzz Aldrin se tornaram os primeiros homens a andar na Lua. Durante a vida, ele disse que não tinha ressentimentos por não ter pisado no satélite terrestre.
"Mike sempre enfrentou os desafios da vida com graça e humildade, e enfrentou este, seu desafio final, da mesma maneira", escreveu a família Collins em sua conta oficial no Twitter.
No comunicado, a família destacou "sua inteligência aguçada, seu sereno senso de dever e o olhar de sabedoria adquirido ao retornar à Terra do espaço e ao observar as águas calmas de seu barco de pesca".
"Meu caro Mike, onde quer que você tenha ido, você sempre terá a chama para nos transportar com habilidade a novos céus e ao futuro. Sentiremos sua falta. Descanse em paz", saudou seu colega Buzz Aldrin, último membro ainda vivo da Apollo 11.
Apesar de sua idade, Collins foi, nos últimos anos, o mais ativo dos veteranos da missão Apollo 11 e aquele que mais poeticamente evocou suas memórias da aventura lunar.
"Quando partimos e a vimos, ah, que esfera incrível", contou ele em 2019 em Washington, por ocasião da comemoração do 50º aniversário do marco espacial.
"O Sol estava atrás dela, então ela estava iluminada com um círculo dourado que tornava suas crateras realmente estranhas, devido ao contraste entre o mais branco dos brancos e o mais preto dos pretos".
"Mas por mais esplêndida e impressionante que fosse, não foi nada comparado com o que víamos pela outra janela", continuou ele. "Ali estava aquela ervilha do tamanho de uma unha, uma coisinha tão linda envolta no veludo negro do resto do universo".
"Eu disse então ao centro de controle, 'Houston, eu vejo o mundo em minha janela'".
"Hoje a nação perdeu um verdadeiro pioneiro e defensor da exploração na pessoa de Michael Collins", disse a NASA em um comunicado.
"Alguns o chamavam de 'o homem mais solitário da História' - enquanto seus colegas caminhavam na Lua pela primeira vez, ele estava ajudando nossa nação a atingir um marco crucial", destacou a agência espacial americana.
Nascido em 31 de outubro de 1930 em Roma, filho de pai diplomático, Collins se tornou piloto de testes do Exército dos Estados Unidos.
Na década de 1960, ele acumulou muitas horas de voo no espaço, especialmente durante as missões Gemini.
Como Aldrin e Armstrong, Collins rapidamente deixou a NASA após o retorno triunfante à Terra e seguiu uma carreira pública prolífica. Ele foi nomeado subsecretário de Estado para Assuntos Públicos pelo presidente Richard Nixon.
Em seguida, dirigiu a construção do National Air and Space Museum em Washington, assumindo sua presidência entre 1971 e 1978. Posteriormente, tornou-se consultor e escreveu livros relacionados à aventura espacial.
Fonte: R7 SP
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