Sábado 30/10/21 - 16h35
Ex-presidente do Senado nega corrupção e fala em campanha difamatória
Reportagem da Veja associa Davi Alcolumbre a um esquema de rachadinhas
Ex-presidente do Senado nega corrupção e fala em campanha difamatória
Reportagem da Veja associa Davi Alcolumbre a um esquema de rachadinhas
O
senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) divulgou nota nesta sexta-feira (29)
em que diz ser vítima de “uma campanha difamatória sem precedentes”. No
texto, ele lembrou que há algumas semanas, por meio de outro comunicado à
imprensa, disse que “não aceitaria ser ameaçado, intimidado e tampouco
chantageado”. Ao reafirmar o posicionamento, o senador relatou que tem
recebido “todo tipo de aviso, enviado por pessoas desconhecidas, que
dizem ter informações sobre uma orquestração de denúncias mentirosas”
contra ele.
Alcolumbre disse que foi “surpreendido com uma
denúncia que aponta supostas contratações de funcionários fantasmas e
até mesmo o repudiável confisco de salários”. “Nunca, em hipótese
alguma, em tempo algum, tratei, procurei, sugeri ou me envolvi nos fatos
mencionados, que somente tomei conhecimento agora”, disse acrescentando
que tomará providências necessárias para que as autoridades competentes
investiguem os fatos.
A nota é uma resposta a uma reportagem
publicada na mais recente edição da revista Veja. Nela, o parlamentar,
que atualmente é presidente da principal comissão do Senado, a de
Constituição e Justiça ( CCJ), é acusado de um esquema de rachadinhas,
avaliado em R$ 2 milhões. A prática foi denunciada por seis
ex-funcionárias do senador e teria acontecido entre janeiro de 2016 e
março deste ano, inclusive durante o período em que Alcolumbre ocupou a
presidência do Senado.
Ainda segundo a reportagem, seis mulheres
foram contratadas nesse esquema como assessoras do parlamentar em
Brasília com salários entre R$ 4mil e R$ 14 mil, além de benefícios e
verbas rescisórias. Elas teriam sido orientadas a abrir uma conta e
entregar os cartões e as senhas. O saque integral dos valores acontecia
logo após o pagamento em um caixa eletrônico localizado a 200 metros do
gabinete do senador.
“Continuarei exercendo meu mandato sem temor
e sem me curvar a ameaças, intimidações, chantagens ou tentativas
espúrias de associar meu nome a qualquer irregularidade. É nítido e
evidente que se trata de uma orquestração por uma questão política e
institucional da CCJ e do Senado Federal”, diz Davi Alcolumbre em outro
trecho da nota..(Agência Brasil)
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