Bloco Os Cão agita carnaval na Redinha
Publicado: 10:04:00 - 25/02/2020Atualizado: 10:40:24 - 13:17/02/2022
É tradição e já faz parte da cultura do carnaval de Natal. Terça-feira de carnaval é dia de se melar na lama no mangue embaixo da Ponte Newton Navarro, na Redinha. E foi assim que, mais uma vez, o bloco Os Cão foi às ruas e, principalmente, ao mangue.
Quem chegou cedo ao mangue foi o professor de história Hudson Macedo, de 39 anos. Ele disse que brinca o bloco Os Cão há dez anos e veio acompanhado da esposa e da mãe.
"Minha esposa não gosta de se melar não, mas quando ela se melar ela vai gostar. Vim fantasiado de Cão. Esse bloco é muito tradicional é gosto muito dele", disse o natalense.
O bloco existe há 56 anos em Natal e é uma tradição em na capital potiguar. Todo ano, os foliões aproveitam a lama que se forma no mangue no bairro da Redinha e aproveitam a brincadeira.
O diretor presidente do bloco, José Luiz Miranda, comemorou a presença do público e disse que a tradição do bloco se dá justamente pelo fato de ser um ambiente democrático, gratuito e simbólico para a cidade de Natal.
"É um bloco que atende todo mundo. Você não paga nada nele. Participa criança, adulto, idoso. Vem muita gente de fora, turista, juiz de Direito, médico, policial. É só alegria nos Cão. Ele tem muito que os blocos não têm", disse.
Participando pela primeira vez do bloco, os produtores audiovisuais Igor, Ângelo e Dccem saíram do outro lado da cidade para pegar o "abadá" dos Cão. Morando em Candelária, Parnamirim e Alecrim, respectivamente, a curiosidade e a tradição atraiu os natalenses.
"É um bloco tradicional aqui daqui da Redinha. Tem um caráter popular, democrático, o abadá a gente pega aqui, na natureza mesmo. Tem uma história massa e foi isso que nos atraiu pra cá", disse Igor.
Quem também estava debutando no bloco era a sueca Ina Lindman junto com seu namorado, Julio Bonas. "A diferença é que lá onde ela mora é neve. Aqui é lama", disse Julio, que é sommelier aqui em Natal. "Eu gostei muito", resumiu Ina, ainda aprendendo as primeiras palavras em português.
Fonte: Tribuna do Norte
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