REFLEXÃO SOBRE A PARÁBOLA
Segundo o dicionário:
Pródigo
- Aquele que esbanja, gasta mais do que possui ou necessita.
- Esbanjador, gastador ou perdulário.
Por isso, o filho mais novo é o filho pródigo do homem nesta parábola.
REFLEXÃO 1: DEUS NOS PERMITE CAIR NO NOSSO PRÓPRIO ORGULHO
O pai da parábola concede ao filho mais novo a posse de sua herança, mesmo que ele não estivesse próximo da morte. O pai poderia proteger o filho mais novo negando o dinheiro, pois sair gastando a herança era visivelmente um ato irresponsável. Mas ele concedeu, permitiu que ele fizesse aquilo com orgulho e imprudência pois tinha os seus planos, sabia que aquilo seria necessário para que seu filho se redimisse dos seus atos. Se ele negasse o dinheiro, o filho ficaria revoltado e nunca se redimiria.
REFLEXÃO 2: DEUS TEM PACIÊNCIA COM OS ERROS DOS SEUS FILHOS
Assim como o pai entendeu a imprudência do filho e teve paciência com os seus erros, também Deus tem infinita paciência conosco, seus filhos pecadores. O pai da parábola não estava preocupado com o gasto da herança que ele havia juntado com tanto esforço, ele precisava que seu filho passasse por essa lição para que crescesse como um homem. Ele teve a paciência de esperar que seu filho passasse por isso e se arrependesse dos seus atos. A paciência de Deus tem por objetivo dar-nos tempo para percebermos nossos erros e nos arrependermos.
REFLEXÃO 3: DEUS NOS ACOLHE QUANDO NOS ARREPENDEMOS VERDADEIRAMENTE
Quando nós nos arrependemos verdadeiramente das nossas falhas, Deus nos acolhe de braços abertos. E foi exatamente isso que o pai da parábola fez, acolheu seu filho arrependido. Ao invés de repreendê-lo pelo seu erro, faz-lhe uma festa com um banquete. Ao irmão mais velho que estava bravo com a decisão do pai, ele diz: “Entretanto, era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. ” (Lucas 15.32)
REFLEXÃO 4: MUITAS VEZES AGIMOS COMO O FILHO MAIS VELHO, DANDO IMPORTÂNCIA AO QUE NÃO É IMPORTANTE.
Quando o filho chega em casa e o pai o recebe com festas, o irmão mais velho acha-se logo um injustiçado, pois ele sempre teve zelo pelos bens materiais do pai, nunca gastou a sua herança, e o pai nunca havia lhe feito tamanha festa. Ele se achava superior por não ter desperdiçado os bens da herança. Não conseguia enxergar a conversão do irmão, não via que o sofrimento que ele passou o fez ver os seus erros. “Mas ele respondeu a seu pai: Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos; vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado.” (Lucas 15.29-30). Neste caso, para o pai, o dinheiro era o menos importante, o importante era ter o seu filho de volta, convertido e arrependido.
REFLEXÃO 5 – DEUS AMA IGUALMENTE OS SEUS FILHOS QUE O SERVEM, COMO AQUELES QUE AGEM CONTRÁRIOS À SUA VONTADE.
É comum as pessoas acharem que somente quem reza todos os dias, vai à missa aos domingos e segue os mandamentos de Deus é amado por Ele. Isso não é verdade, e essa parábola mostra a grandeza do amor divino. O pai da parábola diz ao filho mais velho: “Então, lhe respondeu o pai: Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu.” (Lucas 15.31). Isso mostra que o pai era profundamente grato ao filho mais velho, que o seu amor por ele era enorme e o que ele fazia pelo filho mais novo não mudava em nada o que ele sentia pelo mais velho. Se tudo que era dele, pertencia ao filho mais velho, o mais novo deveria conquistar os bens que perdeu em sua vida como pródigo. Mas jamais o pai negaria o acolhimento e o amor ao mais novo. Assim que ele apareceu em casa: “E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou.” (Lucas 15.20)
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