Após serem retirados da Orla Quiosqueiros buscam atuar na orla, que passa por obras de qualificação, mas, segundo Semurb, trabalho no trecho não está autorizado. Impasse dura cerca de um mês.
Por Inter TV Cabugi
Manifestação aconteceu na manhã deste sábado (9) — Foto: Vinícius Marinho/Inter TV Cabugi
Vendedores ambulantes fecharam parcialmente os acessos da Ponte Newton Navarro na manhã deste sábado (9) em um protesto após serem retirados da orla da Praia da Redinha, na Zona Norte de Natal.
Os manifestantes colocaram pneus nos dois sentidos da pista, no lado da Zona Norte da cidade. Dessa forma, só era possível passar praticamente um carro por vez para acessar a ponte, através de um espaço deixado pelos manifestantes.
A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros estiveram no local para acompanhar a ocorrência. O trânsito ficou intenso e um congestionamento se formou no trecho. Até a atualização mais recente desta reportagem, às 12h45 deste sábado, o protesto continuava.
Manifestação semelhante ocorreu na quinta-feira (7).
Protesto de vendedores da Redinha — Foto: Vinícius Marinho/Inter TV Cabugi
Os vendedores vivem um embate há cerca de um mês. No meio de agosto, eles foram retirados pela primeira vez da orla da Redinha por equipes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) por terem montado barracas no trecho sem a autorização da prefeitura. Um dia depois, realizaram um protesto em frente à prefeitura.
Em julho deste ano, em razão das obras de requalificação na Redinha, a Justiça Federal indenizou 20 comerciantes que atuavam no local após a demolição dos quiosques deles. A demolição aconteceu após análise de que os quiosques estariam instalados de forma inadequada.
Congestionamento na Ponte Newton Navarro — Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi
Desses indenizados, a compensação para 10 comerciantes aconteceu de forma parcial, o que concedeu a possibilidade de exploração da área depois que as regras de limites e condições fossem emitidas pela Justiça Federal.
Neste período, segundo a Semurb, pessoas que não fazem parte deste grupo montaram barracas na praia, no espaço próximo ao ocupado anteriormente pelos quiosques. Após reuniões entre comerciantes e a secretaria, ficou definido um prazo de 30 dias para que saíssem do local, que acabou no dia 5 de agosto.
No dia 26 de julho, a Justiça Federal havia determinado que a faixa de areia não pode ser ocupada por vendedores, até que a prefeitura elabore um plano de ocupação do local.
Os manifestantes entendem que há necessidade de atuação na área porque a indenização, segundo eles, não considerou a atuação dos trabalhadores dos quiosques, como garçons e cozinheiros, por exemplo, apenas dos proprietários.
Nas últimas semanas, os vendedores tem tentado atuar na orla, mas não conseguem.
Obras
A obra do novo Complexo Turístico da Redinha faz parte do projeto de reestruturação da praia localizada no litoral Norte. Segundo a prefeitura, os serviços estão divididos em cinco lotes, com orçamento de R$ 25 milhões, em uma parceria entre a administração municipal e o Governo Federal.
O local terá dois andares com 33 boxes, seis restaurantes, praça de alimentação, mirante, píer e deck para embarcações e varanda panorâmica. Além disso, no espaço do antigo Clube da Redinha, a haverá um centro de artesanato com quatro lojas externas e cinco quiosques internos.
A Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes terá nova cerca e o quebra-mar (espigão) contará com um mirante.
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