Segundo Itep, restos mortais era de Júlio Lins da Silveira Sobrinho, que saiu de Natal em 2016 para visitar a formação geológica, mas não voltou.
Por g1 RN
Ossada foi encontrada em 2020 no Pico do Cabugi — Foto: Itep/Divulgação
Exames de DNA realizados pelo Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) do Rio Grande do Norte confirmaram que uma ossada encontrada no Pico do Cabugi, na região central do estado, é de um homem de 61 anos que estava desaparecido há 7 anos no estado.
O resultado do trabalho do Laboratório de Genética Forense e do Núcleo de Antropologia e Arqueologia Forense foi divulgado pelo órgão nesta quinta-feira (14).
Em agosto de 2016, Júlio Lins da Silveira Sobrinho saiu de Natal para subir o Pico do Cabugi, em Angicos, a fim de pagar uma promessa, segundo a família. Desde então ele não foi mais visto.
O pico é uma formação geológica que se eleva a mais de 500 metros de altura acima do nível da planície da região, localizada entre os municípios de Fernando Pedroza e Angicos.
Ossada encontrada em 2020
Em 2020, os peritos do órgão realizaram uma subida ao Pico e conseguiram encontrar restos humanos em uma área de difícil acesso. Segundo o Itep, a equipe realizou a coleta dos vestígios com auxílio de um drone.
Desde então, se iniciou o processo para identificação da ossada. Com a impossibilidade de confirmação por impressões digitais e arcada dentária, o único meio foi o DNA.
“A ossada estava em um avançado estado de degradação, o que comprometeu os resultados das análises de DNA e consequentemente a identificação”, destacou Fabrício Fernandes, perito oficial e chefe do Laboratório de Genética Forense do Itep.
Confirmação levou três anos
De acordo com o profissional, inúmeras amostras foram examinadas durante esse tempo, com cada uma levando de 20 a 30 dias para ser totalmente analisada. E, após mais de três anos, houve a confirmação.
“Foi um caso muito complexo. Mas depois de muita dedicação de toda a equipe, conseguimos um perfil genético completo. Comparamos com o DNA obtido do filho e concluímos o vínculo de paternidade. A ossada é do senhor Júlio Lins da Silveira Sobrinho”, afirmou.
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