Dado é do Centro de Controle de Zoonozes baseado nas últimas duas semanas de trabalho dos agentes de endemias. Mais de 30 mil casas foram visitadas desde o início de 2024.
Por Inter TV
Prevenção das arboviroses consiste principalmente em evitar a proliferação do do Aedes aegypti, transmissor das doenças. — Foto: Bárbara Dantheias/ Sesa
Nove em cada dez casas inspecionadas por equipes de saúde em Natal nas últimas duas semanas apresentaram focos de mosquito dengue. O dado do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), da Secretaria de Saúde de Natal, foi repassado nesta terça-feira (12) a pedido da Inter TV.
São considerados focos de dengue pontos que podem servir para o acúmulo de água. A água parada - e limpa - serve para reprodução do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue.
"Nós estamos tendo chuvas muito significativas, e aí os nossos agentes, ao irem às residências, estão encontrando esse número. Já faz duas semanas que nós temos observado que, de cada 10 residências, em 9 nós estamos encontrando focos", relatou o chefe do Centro de Controle de Zoonozes de Natal, Jan Pierre Araújo.
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De acordo com o Jan Pierre, mais de 30 mil casas em Natal foram visitadas pelos agentes de endemias do município do início do ano até o dia 29 de fevereiro. E mais de 35 mil focos de dengue foram destruídos.
"Por aí se consegue ver que existe mais de um foco por residência visitada dos nossos agentes", disse.
O bairros que levantam mais preocupação do município, de acordo com o CCZ, são:
- Zona Leste: Rocas, Santos Reis e Praia do Meio;
- Zona Oeste: Felipe Camarão e Cidade da Esperança;
- Zona Norte: Pajuçara, Lagoa Azul, Nossa Senhora da Apresentação e Igapó.
No dia 2 de março, a prefeitura de Natal decretou situação de emergência por epidemia de dengue. O município apontou um crescimento exponencial de dengue ao longo das semanas para justificar o decreto, que tem validade de 90 dias.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), em 2024, mais de 5,6 mil casos suspeitos de dengue foram notificiados em todo o Rio Grande do Norte. Em Natal, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, foram cerca de 900.
O chefe do Centro de Controle de Zoonozes de Natal pediu que a população seja receptiva com os agentes de endemia que estão visitando as residências e também reforçou que a maior prevenção deve ser feita pelo próprio morador.
"O trabalho de endemias é um trabalho complementar. A vivência ali naquele imóvel e o manejo ambiental é de responsabilidade do próprio morador", disse.
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