Polícia faz buscas em área a cerca de 10 km de Baraúna. Buscas por Deibson Nascimento e Rogério Mendonça chegaram ao 28º dia nesta terça-feira (12).
Por César Tralli, TV Globo
Viatura e helicóptero da polícia durante buscas por fugitivos no assentamento Vila Nova I, em Baraúna, no RN — Foto: Cedida
As equipes de busca das operações especiais do Bope, da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, chegaram nesta área na noite de segunda-feira (11), e os animais ficaram agitados.
As buscas por Deibson Nascimento e Rogério Mendonça, que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró no dia 14 de fevereiro, chegaram ao 28º dia.
No domingo (10), a Força Tarefa que atua nas buscas pelos foragidos ampliou o raio de buscas e realizou uma operação no assentamento Vila Nova 1, na zona rural de Baraúna, no Oeste potiguar.
O assentamento fica localizado a aproximadamente 9 km do local onde os fugitivos foram vistos pela última vez, no assentamento Vila Nova 2, também em Baraúna, ao saírem de uma plantação de banana. A polícia havia concentrado as buscas na região nos dias seguintes à aparição da dupla.
Nas novas buscas deste domingo, os policias entraram e revistaram algumas casas do Vila Nova I. Os moradores relataram que os investigadores acreditam que alguém está dando abrigo à dupla.
"Eu tenho medo até de tomar banho, porque a gente fica no banheiro e o resto da casa fica exposto, né? O medo é tanto que tenho uma casa na cidade e estou ficando mais lá, já que esses homens podem estar por aqui nos sítios", disse a agricultora Damiana Vanderlei.
Buscas por fugitivos no assentamento Vila Nova I, em Baraúna, no Rio Grande do Norte — Foto: Cedida
A dona de casa Danielle Viana afirmou que militares vistoriaram a casa da mãe dela por volta das 7h30.
“Chegaram quatro policiais militares, se identificaram, perguntaram se poderiam entrar na residência. Disseram que estavam fazendo uma vistoria. Olharam todos os cômodos da casa, olharam debaixo das camas, olharam também o quintal. Disseram que qualquer movimentação estranha, entrasse em contato com à polícia”, disse.
De acordo com moradores, algumas pessoas não permitiram que os policiais entrassem em suas casas para realizar buscas.
Força Tarefa
A operação para recaptura dos fugitivos envolve mais de 600 agentes de segurança, que atuam de forma integrada. São policiais federais, rodoviários federais, militares e civis, além da Força Nacional.
Deibson Nascimento e Rogério Mendonça fugiram da penitenciária de segurança máxima no dia 14 de fevereiro, na primeira fuga da história do sistema prisional federal, criado em 2006.
Segundo a Polícia Federal, as equipes trabalham com as novas possibilidades visuais. Ainda de acordo com a corporação, as projeções de crescimento de cabelo, barba e uso de disfarces foram elaboradas por papiloscopistas do setor de Representação Facial Humana do Instituto Nacional de Identificação (INI) da PF, em Brasília.
Simulações mostram possíveis aparências e disfarces de Rogerio Mendonça e Deibson Nascimento - foragidos da penitenciária federal de Mossoró — Foto: Reprodução
Ainda de acordo com a corporação, a divulgação das imagens visa facilitar o trabalho de buscas e o apoio da população com informações sobre os fugitivos. A corporação já anunciou recompensa de até R$ 30 mil para quem repassar informações que levem à recaptura dos foragidos.
Imagem mostra simulação de possível aparência de Deibson Nascimento - fugitivo da Penitenciária Federal de Mossoró — Foto: Divulgação
Na última quinta (7), as buscas receberam o reforço de dois policiais penais especializados em operações especiais e um cão farejador da raça pastor-belga-malinois do Mato Grosso.
Já na sexta-feira (8), foi presa em Fortaleza, no Ceará, mais uma pessoa suspeita de integrar uma rede de apoio aos fugitivos montada pela facção Comando Vermelho. Desde o início das investigações, já foram realizadas seis prisões - cinco em cumprimento a mandados de prisão, além de uma prisão em flagrante.
Simulação mostra possível aparência de Rogério Mendonça - fugitivo de Mossoró — Foto: Divulgação
Fuga da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte — Foto: Arte/g1
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