Fabiana Maia Veras, de 42 anos, foi encontrada morta em Assú no dia 23 de abril. Segundo a polícia, homem agiu por motivo fútil e usou meio cruel, com impossibilidade de defesa da vítima.
Por g1 RN
Fabiana Maia Veras era psicóloga e foi morta no imóvel onde morava e realizava atendimentos em Assu — Foto: Redes sociais
A Polícia Civil enviou à Justiça, nesta quinta-feira (23), o indiciamento do servidor público João Batista Carvalho Neto, como autor do assassinato da psicóloga Fabiana Maia Veras, de 42 anos de idade, em Assu, no Rio Grande do Norte.
Fabiana foi assassinada no dia 23 de abril dentro do imóvel que usava como residência e consultório para atendimentos no município do Oeste potiguar. O suspeito foi preso no dia seguinte, em Natal. O celular da vítima foi encontrado no apartamento dele.
Os investigadores ainda aguardam laudos do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), bem como a análise do celular do homem. Porém, para o delegado Valério Kurten, responsável pela investigação, não restam dúvidas da autoria do crime.
"Considerando que a arma de fogo apreendida na prisão tinha vestígio de sangue, sugere-se que ele foi armado a Assu e mediante coação amordaçou a vítima com uma fita adesiva amarela. Está ainda pendente o laudo de local de crime, para confirmar tal versão", relatou o delegado Valério Kurten.
"Após isso, ele desferiu vários golpes de faca na vítima. Inclusive, segundo o mapa de lesão do laudo necroscópico, foram 19 lesões, na grande maioria de golpes de faca, indicando o meio cruel com que a vítima morreu e também impossibilitando a defesa dela", complementou.
De acordo com o delegado, o homem foi indiciado por homicídio triplamente qualificado, sendo as qualificadoras: motivo fútil, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.
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Os investigadores ainda aguardam a análise dos dados do celular do suspeito para confirmar a motivação do crime, porém, a tese da polícia desde o início das investigações é de que João Batista queria ter acesso ao celular da psicóloga para ter acesso à conversa da profissional com a ex-namorada dele. As duas eram amigas.
O celular da vítima foi encontrado destruído no apartamento do suspeito, mas a perícia conseguiu constatar, através do IMEI [código de identificação do celular] que se tratava do aparelho dela.
Segundo a polícia, João Batista segue preso no presídio de Caraúbas. Procurada pelo g1, a defesa informou que o processo está em segredo de Justiça e, por isso, está impossibilitada de fornecer qualquer tipo de informação.
O crime
Fabiana foi encontrada morta no início da noite de uma terça-feira (23) dentro de casa na cidade de Assú, na Região Oeste do Rio Grande do Norte. Segundo a polícia, o corpo estava amordaçado e com marcas de cortes de arma branca.
Imagens de câmeras de segurança da casa da vítima mostram um homem chegando à residência por volta das 16h30. Segundo a polícia, esse mesmo homem foi preso em Natal no dia seguinte, como principal suspeito do crime.
O suspeito preso é servidor do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. Ele tem 41 anos de idade, segundo a Polícia Civil.
Ele foi preso ao chegar a um dos seus imóveis, em Natal. Dentro do carro dele, os policiais e peritos do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) encontraram uma bolsa com três facas, duas soqueiras e uma pistola com sangue.
Peritos também colheram possíveis fragmentos de sangue na escada do prédio, dentro do apartamento do suspeito e no sapato dele. Um dos laudos ainda aguardados pela perícia é a análise do DNA do sangue encontrado no sapato.
Fonte: G1 RN
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