CURIOSIDADES SOBRE A CIDADE DE ISRAEL ( 2º Parte)
2º DIA
Saímos bem cedo de Tel Aviv com destino a Cesareia, no norte do país. Construída entre os anos 25 a.C. e 13 a.C., por Herodes, o Grande, foi sede do Império Romano e também capital de Israel durante muitos séculos. O ponto alto do lugar é o imponente teatro romano com anfiteatro e estádio. Por causa da sua acústica perfeita é utilizado para a realização de shows e festivais de música. Megalomaníaco, Herodes também construiu um porto artificial fazendo uso de concreto debaixo da água, algo nunca utilizado à época. Escavações recentes descobriram também um hipódromo e um aqueduto. Durante o domínio romano, Cesareia foi a capital da Palestina.
- Tel Aviv tem arquitetura moderna e é conhecida como a Cidade Branca. FOTO: THINKSTOCK / PASHA66
- No mercado Shuk HaCarmelfica, no coração de Tel Aviv, há um pouco de tudo. FOTO: ROBERTO MAIA
Em seguida percorremos Muhraka, onde estão o santuário e monastério carmelita de São Elias, a mais de 570 metros acima do nível do mar em um dos três picos do Monte Carmelo. No local há uma igreja, um bosque, um jardim muito bem cuidado e um ponto de observação no telhado do mosteiro com visão excepcional para todas as direções.
A caminho de Haifa, paramos na aldeia drusa de Daliat el-Carmel para almoçar em um restaurante típico. A cidade concentra muitos adeptos da comunidade e fé drusa, considerada uma religião monoteísta que surgiu no século 11, no Egito. Suas origens derivam dos manuscritos do Alcorão e outras fontes filosóficas árabes, persa, gregas e crenças orientais antigas. Atualmente, cerca de 120 mil drusos vivem em Israel. Suas cidades e locais sagrados estão localizados na região montanhosa do Monte Carmelo, a oeste da Galileia Superior, e ao leste das Colinas de Golan. Após o almoço seguimos viagem e ao longo da estrada já é possível avistar a cúpula dourada do suntuoso templo Bahai, localizado em meio a um belo jardim e marco importante de Haifa. A fé Bahai – religião também monoteísta surgida no Irã – enfatiza a união espiritual de toda a humanidade e acredita na beleza e na perfeição. O resultado é belo e grandioso.
Terceira maior cidade de Israel, também é uma das mais bonitas e tem muito a oferecer aos visitantes. Ela abriga o maior porto do país, tem praias bastante movimentadas, bairros modernos e distritos antigos, além de igrejas e mesquitas. Infelizmente o tempo foi curto para tantas atrações. Seguimos em direção a São João de Acre (Akko) ao norte de Israel e que foi palco de numerosos acontecimentos históricos. Ao longo de quase 4 mil anos foi cobiçada e habitada por diversos povos devido a sua posição costeira estratégica. Por lá passaram os cananeus, gregos, romanos, bizantinos, cruzados, mamelucos, turcos e britânicos. É considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco por suas muralhas e fortificações. Ganhou importância durante o século 12 como a capital dos Cruzados. Resistiu a Saladino – um chefe militar curdo muçulmano que se tornou sultão do Egito e da Síria – e foi entregue ao poder egípcio em troca da permissão da peregrinação na Terra Santa pelos cristãos.
Conquistada pelo Império Otomano, a cidade cristã – considerada impura – foi destruída e depois reconstruída. Escavações iniciadas em 1990 descobriram que existem duas cidades, uma sobre a outra. Em cima, a atual, a otomana de Akko, e, embaixo, quase intacta, a dos Cruzados. Durante o período de dominação otomana foi importante entreposto comercial de trocas entre o ocidente e o oriente. Não deixe de visitar a fortaleza dos monges-cavaleiros hospitalários, localizada ao lado da segunda maior mesquita de Israel – onde estão fios da barba de Maomé. Os hospitalários eram monges guerreiros que receberam autorização do Papa para utilizarem armas. A fortaleza tem salões e colunas suntuosas, calabouços e um túnel que leva à cidadela dos templários. Em seu interior estão guardados utensílios usados pelos cristãos medievais. Já noite, seguimos em direção ao Mar da Galileia para hospedagem em Tiberíades.
- FOTO: ROBERTO MAIA
- FOTO: ROBERTO MAIA
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