- 29/12/2017 13h00
- Brasília
Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil
Pelo menos 2 mil militares das Forças Armadas vão reforçar a
segurança no Rio Grande do Norte, onde policiais militares e civis estão
desde o último dia 19 com parte das atividades paralisadas, em protesto
contra o atraso no pagamento de salários e do décimo terceiro.
Segundo
o ministro da Defesa, Raul Jungmann, o governo federal decidiu atender
ao pedido feito ontem (28) pelo governador Robinson Faria, depois que
equipes dos ministérios da Defesa, da Justiça e do Gabinete de Segurança
Institucional (GSI) avaliaram a situação da segurança pública estadual.
“Dada
a permanência do impasse quanto à questão salarial, a recusa dos
policiais de voltarem às suas atividades normais e [ao fato de] que,
embora não tenhamos até aqui uma explosão da violência, esta vinha
crescendo gradualmente, concluímos ser necessário deslocar tropas para o
estado a fim de garantir a lei e a ordem”, explicou Jungmann a
jornalistas.
Até o fim do dia de hoje (29), 500 homens do
Exército, da Marinha e Aeronáutica já deverão estar atuando no
patrulhamento ostensivo na região metropolitana de Natal e de Mossoró,
as duas cidades mais populosas do estado. Nas próximas 48 horas, mais
1.5 mil militares serão deslocados de diversas unidades de estados
próximos. A atuação militar será coordenada pelo Comando Conjunto das
Forças Armadas.Se necessário, o efetivo inicial será reforçado a atuará em outras localidades. Os militares das Forças Armadas reforçarão a presença federal no estado, onde 220 agentes da Força Nacional de Segurança Pública já atuam desde o ano passado: além dos 120 agentes que já estavam apoiando os órgãos policiais estaduais, no último dia 21 o governo federal autorizou o envio de mais 70 agentes para patrulhar as ruas da capital, Natal. Ontem (28), foi autorizado o envio de mais 30 agentes da Força Nacional para suprir a ausência dos policiais potiguares.
De acordo com o ministro, o governo federal
já assegurou a disposição de reforçar o efetivo inicial, que atuará ao
lado dos 220 agentes da Força Nacional de Segurança Pública já enviados
ao estado. Cento e vinte agentes da força especial já estavam dando
apoio aos órgãos policiais e de perícia potiguares desde o ano passado.
No último dia 21, em função da paralisação dos policiais militares,
bombeiros e civis, o governo federal autorizou o envio de mais 70
policiais para patrulhar as ruas da capital, Natal. Ontem (28), foi
autorizado o envio de mais 30 agentes da Força Nacional.
Para o
ministro da Defesa, a situação de “anormalidade” em um período em que o
estado recebe muitos turistas demonstra a necessidade de que seja
discutida a ação de policiais civis e militares.
“Está na hora de
termos clareza se as forças policiais podem ou não fazer greve. Pela
lei, não podem, mas, na prática, o fazem, colocando a sociedade em uma
situação de vulnerabilidade e medo. Entendemos a situação de quem fica
sem salário, as vicissitudes e que há uma corresponsabilidade dos
estados, mas lei é lei e deve ser cumprida”, comentou Jungmann, que
viaja amanhã (30) para Natal, onde passará o réveillon, para acompanhar
de perto a operação.
“Dentro da lei, vamos ser implacáveis na
repressão de delitos e da criminalidade”, acrescentou o ministro,
conclamando os policiais potiguares a retomarem suas atividades. “Faço
um apelo para que, apesar de todas as dificuldades, retornem. Mais dia
menos dia, esta situação aflitiva será resolvida.”
Edição: Graça Adjuto
Fonte:Agência Brasil
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