FORÇA AÉREA
Aeronave é utilizada no treinamento primário dos cadetes aviadores do 4º ano da Academia da Força Aérea (AFA)
Publicado em 27/02/2020 16h21 Atualizado em 18h20
A tenente participa da formação da sua primeira turma no 1º Esquadrão de Instrução Aérea - Foto: Tenente Inforzato / AFA
ATenente Aviadora Juliana Santos de Souza tornou-se a primeira mulher instrutora de voo na aeronave T-27 Tucano, utilizada no treinamento primário dos cadetes aviadores do 4º ano da Academia da Força Aérea (AFA), localizada na cidade de Pirassununga (SP). As missões tiveram início em fevereiro, quando começou o curso no 1º Esquadrão de Instrução Aérea (1º EIA).
Pertencente à Aviação de Transporte, a Tenente Juliana também tem em seu currículo capacitação para pilotar e instruir outras aeronaves como a C-95 Bandeirante e C-97 Brasília. Em 2019, tornou-se instrutora na aeronave T-25 Universal e, mais recentemente, no T-27.
Juliana explica que a mudança do T-25 para o T-27 vai além de questões técnicas, como o aumento da velocidade e a atenção às referências, por exemplo. A didática da instrução assume uma nova dimensão, uma vez que no Tucano o instrutor não fica ao lado do Cadete, e sim atrás dele, sem qualquer contato visual, apenas pelo sistema de comunicação entre os tripulantes.
“É necessário um cuidado especial ao descrever em palavras as ações para o Cadete, com o objetivo de que ele consiga visualizar o que deve ser feito e atingir o nível esperado em cada fase da instrução”, explica. O voo no 1º EIA também contempla etapas diferentes daquelas já vistas pelos cadetes, como navegação, voo noturno e formação com duas e quatro aeronaves.
A missão do instrutor de voo apresenta-se como uma das mais nobres da Força Aérea Brasileira (FAB), tendo ligações que remontam à criação do Ministério da Aeronáutica.
“É muito gratificante poder participar da formação dos nossos jovens Cadetes e, ao final desse processo de quatro anos aqui na AFA, entregar para a FAB pilotos militares qualificados para a sequência operacional das suas carreiras. Espero continuar cumprindo bem esse meu papel de instrutora e, também, que eu inspire outras mulheres a buscar a carreira da aviação militar”, finaliza a Tenente Juliana.
HISTÓRIA
As mulheres pioneiras na FAB ingressaram em 1982, quando foram criados os quadros femininos de oficiais e de graduadas. A entrada delas na Academia da Força Aérea (AFA) no Quadro de Oficiais Intendentes foi autorizada em 1995. Oito anos depois, em 2003, a AFA recebeu as primeiras mulheres para o Curso de Formação de Oficiais Aviadores. Já na Escola de Especialistas de Aeronáutica, a primeira vez que elas puderam ingressar foi em 2002.
No ano de 2003, a então Cadete Gisele Cristina Coelho de Oliveira foi a primeira piloto militar a voar sozinha em uma aeronave da FAB. Já em 2009, pela primeira vez, uma dupla feminina comandou uma missão: as tenentes Joyce de Souza Conceição e Adriana Gonçalves, do Sétimo Esquadrão de Transporte Aéreo, decolaram de Manaus (AM) em um C-98 Caravan em direção a Parintins (AM).
Carreira
A Academia da Força Aérea possui oportunidade de ingresso para mulheres nos quadros de Aviação e Intendência. O curso tem duração de quatro anos na cidade de Pirassununga. Para saber mais acesse o site www.fab.mil/ingresso.
Com informações da FAB
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