PRIMEIRO CENTRO INTEGRADO DE OPERAÇÕES DE FRONTEIRA É INAUGURADO

SEGURANÇA

Centro funciona como força-tarefa permanente e conta com bancos de dados e tecnologia  

Publicado em 17/12/2019 10h33

Inauguração Centro Integrado de Operações de Fronteira - Foto: EBC

Oministério da Justiça e Segurança Pública inaugurou, nesta segunda-feira (16), o primeiro Centro Integrado de Operações de Fronteira (CIOF) em Foz do Iguaçu (PR), uma das principais áreas de livre comércio de importação e exportação do País. O objetivo é combater o crime organizado e o tráfico de drogas, intensificar a integração entre os agentes de segurança pública e fortalecer o monitoramento nas fronteiras brasileiras.

“Ele é inspirado em uma experiência norte-americana. Lá eles chamam de fusion center. A ideia é reunir, sob um mesmo teto, representantes de várias agências encarregadas de aplicação da lei. Isso aconteceu, nos Estados Unidos, depois do 11 de setembro (atentados terroristas que mataram, em 2001, quase 3 mil pessoas nos EUA),  porque precisava reunir informações e as agências precisavam conversar mais entre elas para impedir episódios daquela espécie”, contou o ministro Sergio Moro.

No Brasil, se inspirando no modelo norte-americano, pela primeira vez, os vários agentes trabalham em conjunto. O Centro reúne representantes das polícias estaduais, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Agência Nacional de Inteligência (Abin), Ministério da Defesa, Unidade de Inteligência Financeira (antigo Coaf), Receita Federal, Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica internacional, Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e outros órgãos.

O Centro funciona em uma área de seiscentos metros quadrados no Parque Tecnológico de Itaipu Binacional. Com o início das operações nesta segunda-feira, o local vai comandar operações ostensivas e contar com a utilização de satélites, câmeras, sensores e drones. 

“Os bancos de dados de todas essas instituições estarão disponíveis para compartilhar experiências, planejar e organizar operações, como uma força-tarefa permanente”, afirmou Sergio Moro.

Os relatórios gerados vão auxiliar investigações criminosas em todo País, principalmente na área da Tríplice Fronteira, que reúne as divisas de Brasil, Paraguai e Argentina em Foz do Iguaçu (PR), com reflexos nos grandes centros consumidores no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Porto Alegre e demais capitais.

A ideia é de que policiais de países vizinhos também participem da força. “A cooperação com outros países do Mercosul sempre tem sido positiva e a tendência é buscarmos também representantes de policiais, adidos ou agentes para trabalhar dentro do Centro Integrado”, adiantou o ministro.

Categoria

Justiça e Segurança