Sob novas regras, shoppings e centros
comerciais do Distrito Federal (DF) reabrem as portas nesta quarta-feira
(27), depois de 69 dias fechados. De acordo com o decreto do governador
Ibaneis Rocha, publicado na última sexta-feira (22), esses
estabelecimentos reabrirão em horário restrito, das 13h às 21h. Já as
áreas de recreação e brinquedotecas dos shoppings, lojas de jogos
eletrônicos, cinemas e teatros deverão permanecer fechados. As praças de
alimentação e os provadores de lojas de vestuários também estão
proibidos de abrir.
Segundo o presidente da Federação do Comércio (Fecomércio) do
Distrito Federal, Francisco Maia, a fiscalização do governo será rígida.
Além do uso de máscaras e álcool em gel, os lojistas serão submetidos a
testes de covid-19 de 15 em 15 dias. Uma parceria com o governo do DF
vai oferecer esses testes, de forma gratuita. Cerca de 500 testes serão
disponibilizados diariamente.
Hoje, excepcionalmente, por causa da grande demanda registrada ontem
(26) e das filas que se formaram, serão feitos 2 mil testes. O número
de postos de testagem também aumentou de um para 15.
Outra medida para evitar aglomerações será a liberação de apenas 50%
das vagas dos estacionamentos desses locais. Além disso, é necessário
que haja medição de temperatura de todos os clientes antes de entrarem
no shopping. A distância mínima de dois metros entre as pessoas também
será obrigatória. O empregado, colaborador, terceirizado e prestador de
serviço que apresentar sintomas do novo coronavírus deverá ser orientado
a permanecer em isolamento domiciliar.
Outras atividades
Sobre as atividades que não foram reabertas até o momento, como
bares, restaurantes, academias e salões de beleza, o presidente da
entidade diz que dependerá de como o comércio se comportará e como as
condições de saúde ficarão nas próximas semanas. A expectativa é de que o
restante dos estabelecimentos retorne às atividades dez dias após os
shoppings, se tudo correr bem.
“Acredito que cada comerciante terá que ter um ato de muita
responsabilidade com a volta dos shoppings e do comércio de rua. A não
observância das normas pode ocasionar um aumento da curva de
contaminação, o que prejudicará a reabertura de outros segmentos, ou até
mesmo o fechamento dos negócios que já foram reabertos”, ressaltou
Maia.
Economia
Apesar da reabertura das lojas, os empresários não estão otimistas,
já que o consumidor está receoso de sair às ruas. Além disso, no momento
em que as atividades voltarem, o comerciante precisará pagar aluguel,
água, luz e outras pendências. “Só vamos saber como será quando as
lojas, de fato, reabrirem. Prevemos ainda que vai haver muita demissão e
muitas lojas não vão voltar a reabrir, pois já estão falidas”, disse o
empresário.
Fechados
Bares, restaurantes, quiosques, food trucks e trailers
de venda de refeição ainda não têm autorização para funcionar. Ficam
permitidas operações de entrega em domicílio, pronta entrega em veículos
e retirada do produto no local, sem abertura do estabelecimento para
atendimento ao público em suas dependências.
As feiras populares também ficam com as atividades paradas, podendo
abrir apenas as permanentes e as exclusivas de produtos alimentícios. O
funcionamento de salões de beleza, barbearias, esmalterias, centros
estéticos e academias ainda não foi liberado. Também continuam suspensos
eventos de qualquer natureza, assim como cinemas e teatros, boates e
casas noturnas, além do comércio ambulante em geral.
Atividades educacionais como escolas, universidades e faculdades
também não poderão abrir, assim como igrejas e centros religiosos.
Segundo o decreto, os ajustes necessários para o cumprimento do
calendário escolar serão estabelecidos pela Secretaria Estadual de
Educação, após o retorno das aulas. Fica autorizado o funcionamento do
comércio em geral, não relacionado.
Casos
Até a noite dessa terça-feira (26) o Distrito Federal registrou 7.210
casos do novo coronavírus e 124 mortes de pacientes infectados.
Fonte: Agência Brasil
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