Análise da rede social Twitter mostra comportamentos e estados de espírito que emergiram ou foram acelerados durante o isolamento social
- VIRTZ
Do R7
Um levantamento realizado com dados colhidos na rede social Twitter, durante o primeiro semestre deste ano, revelaram que as pessoas mudaram bastante suas rotinas durante o isolamento social imposto pela pandemia de covid-19, adquirindo novos comportamentos que podem, inclusive, se manter depois que esse momento mundial delicado passar.
Dentre os dados mais interessantes, o levantamento mostra que, durante a pandemia, 41% das pessoas passaram a ler mais.
Além disso, o estudo mostra ainda que, nesse período analisado, que coincide com o isolamento social, as pessoas passaram a investir mais em hobbies e passatempos. Uma em cada três, por exemplo, tem pensado mais sobre como gastar o tempo com qualidade. E houve também um aumento de mais de 46% de menções relacionadas a pequenos prazeres.
"Para se ter uma ideia, houve um aumento de 41% na conversa diária sobre saúde mental, estresse e auto cuidado desde o início do isolamento. Isso mostra como as pessoas vêm se sentindo por conta de todo o problema global que estamos passando", afirma Beatriz Montenegro, analista de pesquisa, Marketing Insights e Analytics do Twitter Brasil.
Beatriz aponta ainda o crescimento de 13% no uso de palavras ligadas a humor e emoções para se expressar, quando comparado ao período pré-pandemia.
A plataforma de rede social usou dados relevantes dos primeiros seis meses deste ano para fazer o estudo. A pesquisa revela, dentre as descobertas principais, que as pessoas passaram a apresentar seis comportamentos e estados de espírito, que emergiram ou foram acelerados por conta do isolamento. Os eixos são: "fisicamente distantes, socialmente conectados"; "explorando a criatividade"; "#AsOutrasEpidemias"; "em busca de um novo ritmo"; "carrossel de emoções"; e "consumo contraditório".
Esses novos comportamentos que passaram a ser expressados por conta da pandemia podem dar pistas do que ficará para o futuro, depois que a doença for debelada, embora seja algo difícil de prever.
"Por mais que os números e informações sejam muito relevantes, é impossível garantir como, de fato, será o futuro", explica Beatriz. "Mudanças de comportamento são lentas, complexas, e estruturais. Também é preciso levar em conta que a covid-19 não aconteceu em um vácuo, e sim em um mundo já complexo e, de muitas formas, agiu como um acelerador de crises", completa ela.
Beatriz lembra, ainda, que são quase 8 bilhões de histórias diferentes expressadas na rede social, e que a percepção e os reflexos de tudo isso pode ser diferente entre pessoas que convivem dentro da mesma casa. "A situação ainda está evoluindo e se desenvolvendo dia após dia, sendo um bom momento para serem levantados questionamentos sobre o que é considerado normal", explica ela.
Para saber mais sobre o levantamento realizado pelo Twitter, é possível acessar os sites "Novas conversas: análise de comportamentos durante a pandemia" e "Novas conversas: os seis comportamentos"
Fonte: R7 SP
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