Está confirmada para o dia 23 de novembro, a assembleia geral que marcará oficialmente o controle da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) pela Equatorial Energia, empresa que venceu o leilão de privatização realizado este ano em São Paulo.
Durante a assembleia serão destituídos os atuais integrantes do Conselho de Administração, presidido por Odanete Biondi, e assumem os indicados pela Equatorial Energia, que já tem alguns de seus diretores atuando no processo de desestatização dentro da CEA.
O governo do Amapá, até então principal acionista da CEA, terá o procurador-geral do estado Narson Galeno como representante na assembleia geral da companhia, autorizado a anuir e praticar os atos necessários para a conclusão do processo de desestatização.
Em junho deste ano, a Equatorial Energia arrematou mais uma concessão de distribuição no país. Dessa vez, a companhia ficou com a amapaense CEA. Foi o único interessado no ativo na Região Norte do país. O índice que compunha o lance de deságio na flexibilização da outorga foi de zero. Ou seja, o lance mínimo de R$ 50 mil e investimentos de R$ 500 milhões mais a dívida de R$ 1,2 bilhão.
De acordo com Leonardo Cabral, diretor de Privatizações do BNDES, o impacto total para o estado do Amapá foi de um benefício de R$ 4 bilhões considerando os investimentos que serão feitos pela nova controladora da distribuidora, a assunção da dívida, a arrecadação do estado e o investimento que deverá ser efetuado. Ele lembrou ainda que o processo foi iniciado ainda em 2018 e que foi mais longo do que o normal por conta das dificuldades com o endividamento da companhia.
Augusto Miranda, CEO da Equatorial, afirmou após o leilão que a holding fará os investimentos “necessários e prudentes” para entregar a energia de melhor qualidade para o estado, suportando seu crescimento econômico. A Equatorial é a controladora da Celpa, no Pará, que faz divisa com todo o estado do Amapá.
O grupo Equatorial, que abriu espaço na comercialização de energia, recentemente venceu a concessão de saneamento no Amapá em leilão da Caesa.
Fonte: Diário do Amapá
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