CURIOSIDADES SOBRE VINHOS DE ISRAEL, UMA CULTURA DE MAIS DE 3000 ANOS
Vinhos de Israel – Cresci em uma família onde o vinho sempre esteve presente, principalmente durante as festas, porém no Brasil, talvez por causa do clima, até os anos 90 ele nunca foi muito apreciado, o mais comum sempre foi a cerveja e a cachaça, ambos nunca suportei. Quando imigrei para o Estado de Israel descobri um verdadeiro paraíso em termos de vinho, haviam vinhos oriundos de todos os cantos do Mundo e uma indústria local que vinha progredindo a cada ano, nas últimas décadas os vinhos israelenses estão competindo até mesmo frente à países com muito mais tradição na área, França, Itália, Portugal e Espanha.
Acima o centro industrial do vinho Carmel
O Vinho na Bíblia
O Vinho é sem dúvida alguma algo enraizado na cultura judaica, tanto que ele aparece até mesmo nas primeira páginas do primeiro livro da Torah conforme podemos ler a seguir:
“E começou Noé a cultivar a terra e plantou uma vinha. Bebeu do vinho, e embriagou-se; e achava-se nu dentro da sua tenda.”Genesis 9:20–21
Ainda mais impressionante é percebermos que o vinho também está intimamente relacionado até mesmo com os sacrifícios que se faziam no tabernáculo ou no Templo de Jerusalém.
“Sua oferta de cereais será dois décimos de efa de flor de farinha, amassada com azeite, para oferta queimada em cheiro suave ao Senhor; e a sua oferta de libação será de vinho, um quarto de him.”Levitico 23:13
Por outro lado, o vinho foi proibido aos sacerdotes, afim de que estes em sua sobriedade pudessem exercer o ministério de intercessão e até mesmo o ministério de ensino que lhes foi confiado conforme podemos ler a seguir:
“Falou também o Senhor a Arão, dizendo: Não bebereis vinho nem bebida forte, nem tu nem teus filhos contigo, quando entrardes na tenda da revelação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso pelas vossas gerações, não somente para fazer separação entre o santo e o profano, e entre o imundo e o limpo, mas também para ensinar aos filhos de Israel todos os estatutos que o Senhor lhes tem dado por intermédio de Moisés.”Levitico 10:8–11
Além dos sacerdotes, os nazireus como Sansão também tinham que aster-se do vinho conforme também podemos ler a seguir:
“Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando alguém, seja homem, seja mulher, fizer voto especial de nazireu, a fim de se separar para o Senhor, abster-se-á de vinho e de bebida forte; não beberá, vinagre de vinho, nem vinagre de bebida forte, nem bebida alguma feita de uvas, nem comerá uvas frescas nem”Numeros 6:2–3
A princípio parece ser uma questão de santidade, mas de fato não é, caso contrário não seria utilizado vinho no sacrifício do templo, e para entendermos isso melhor, é preciso entender que o problema não estava em beber vinhos, mas quem bebe e como bebe. Para confirmar esta posição, leiamos a seguir que até mesmo Melquisedeque trouxe vinho para Abraão após a batalha contra os cinco reis, ora ele era considerado Sacerdote do Altíssimo e Abraão um Profeta do Altíssimo.
“Depois que Abrão voltou de ferir a Quedorlaomer e aos reis que estavam com ele, saiu-lhe ao encontro o rei de Sodoma, no vale de Savé (que é o vale do rei). Ora, Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; pois era sacerdote do Deus Altíssimo; e abençoou a Abrão, dizendo: bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Criador dos céus e da terra! E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos! E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo.”Genesis 14:17–20
Assim, podemos entender que não há problema em beber vinho, o problema é o mal uso, é o embriagar-se, uma vez que até mesmo Yeshua, o Filho do Altíssimo, utilizou muitas vezes o vinho. Yeshua até mesmo serviu o vinho em sua última ceia antes de ser crucificado. Veja o que ele diz sobre o que pensavam os fariseus de então a respeito dELE:
“Veio o Filho do homem, comendo e bebendo, e dizem: Eis aí um comilão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores. Entretanto a sabedoria é justificada pelas suas obras.”Mateus 11:19
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