Dólar acompanha exterior e fecha com leve baixa
Publicado em 30/08/2021 - 19:00 Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil* - Brasília
Em
um dia marcado por tensões no mercado interno, a bolsa de valores não
conseguiu acompanhar as bolsas norte-americanas e encerrou o pregão em
queda, após fechar a semana passada com ganhos. O dólar, no entanto, foi
influenciado pelo clima mais tranquilo nos mercados globais e fechou em
leve baixa, no menor valor em quase um mês.
O índice Ibovespa, da B3, encerrou esta segunda-feira (30) aos 119.740
pontos, com queda de 0,78%. A instabilidade política e os temores em
relação à crise hídrica no Brasil derrubaram o indicador. Além disso,
houve um movimento de realização de lucros, quando investidores vendem
papéis para embolsar ganhos recentes. Na semana passada, o Ibovespa
subiu 2,2%.
O mercado de câmbio teve um dia melhor. O dólar comercial fechou o dia
vendido a R$ 5,189, com recuo de 0,12%. A cotação alternou altos e
baixos, chegando a subir para R$ 5,22 no início das negociações, mas
desacelerou perto do fim da manhã, operando próxima da estabilidade pelo
resto do dia.
A bolsa acumula queda de 1,69% em agosto. No menor valor desde 4 de
agosto, quando estava em R$ 5,186, o dólar registra queda de 0,12% no
mês e alta de apenas 0,01% no ano.
No mercado externo, as bolsas norte-americanas voltaram a subir, ainda
sob reflexo das declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, Banco
Central norte-americano), Jerome Powell. Na sexta-feira (27), Powell
disse que o Fed não pretende começar a retirar os estímulos monetários
(juros baixos e compras de US$ 120 bilhões de títulos por mês)
concedidos durante a pandemia de covid-19. Segundo ele, a alta da
inflação nos Estados Unidos é temporária.
Apesar do alívio internacional, as tensões internas predominaram no
mercado brasileiro. Os receios de que a instabilidade política se
reflita em medidas que aumentem os gastos públicos afetaram o mercado,
impedindo uma queda mais acentuada do dólar e fazendo a bolsa cair. Nem
as notícias de que o IGP-M desacelerou em agosto e de que o déficit primário em julho foi menor que as estimativas animaram os investidores domésticos.
*Com informações da Reuters
Alexandrepfilho Via Agência Brasil
Edição: Nádia Franco
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